quarta-feira, 9 de novembro de 2011

VISTO AMERICANO (ENTREVISTA)

Fala pessoal!!!





Voltando aqui para passar para vocês mais um pouco sobre a odisseia que é tirar o tão sonhado visto americano. No post anterior, falei sobre a parte burocrática: taxas, formulário, foto. Hoje escreverei sobre a parte prática: a entrevista em si, os procedimentos dentro do consulado, etc.

Tomei a liberdade de contar a uma amiga (Letícia) sobre o que aconteceu comigo e ela achou válido eu expor aqui a minha própria odisseia do que só falar o que acontece lá dentro. Mas antes de começar a narração, é bom eu colocar aqui os documentos necessário que é preciso levar para a entrevista:





Documentos Obrigatórios:
- Formulário DS-160 impresso, contendo o código de barra bem visualizado;
(Dica: imprima, se puder, em uma impressora a laser, pois se houver qualquer borrado ou falha no código de barras, o sistema do consulado pode não reconhecer e você será obrigado a imprimir um novo em uma das lojinhas que circundam o consulado, tendo que pegar uma longa fila novamente!)
- Recibo original do pagamento realizado no Citibank da taxa do visto (o "bilhete" que você recebe do caixa do banco ao pagar os US$ 140);
- Uma foto recente tirada no mínimo 6 meses, colorida, de tamanho 5x5cm ou 5x7cm e com fundo branco (pode ser a mesma que você usou para fazer o upload no DS-160)
- Passaporte.


Além dos documentos obrigatórios, o oficial consular poderá exigir outros tipos de documentos que comprovem que você irá para os EUA e retornará. Sempre quando alguém me perguna qual o intuito do visto, costumo dizer que o oficial quer ter a certeza de três situações:
1) Se você tem condições de financiar a sua estadia nos EUA durante a passagem;
2) Se você tem vínculos fortes com o país de origem (no nosso caso o Brasil), a fim de retornar posteriormente a viagem;
3) Se você não está indo com o intuito de cometer qualquer tipo de crime por lá.
Estes documentos poderão ser levados para contribuir para convencer o oficial consular

Caso você chegar para a entrevista e o oficial pedir algum documento e você não o tiver em mãos, eles podem fazer com que você providencie tal documento e retorne num outro dia, fazendo com que você perca tempo (mais do que já perdeu ao realizar as etapas pré-entrevista). Portanto, além dos documentos obrigatórios, é bom se prevenir, levando os seguintes documentos:

- Carteira de trabalho, declaração de imposto de renda da pessoa física, contracheques (holerites), certidão de casamento/nascimento, extratos bancários dos últimos 3 meses, documento de carro, escritura de casa, declaração da escola, declaração do empregador.
- Embora o próprio site do consulado peça para não fazer antes do visto, mas caso já tenha fechado passagem aérea, curso de intercâmbio ou pacote turístico, leve todos os documentos que você já recebeu (recibo, carta de aceitação da escola, voucher, etc).
- No caso de empresários ou socios: além dos documentos acima, levar imposto de renda da pessoa jurídica, certidão recente do CNPJ, etc;
- Passaportes vencidos assim como passaportes atuais e vencidos de outras pessoas que irão viajar com você, especialmente se forem membros da família. Passaportes atuais e vencidos para membros da familia ainda que não estejam viajando com você podem ajudar, também.
- Qualquer visto americano anterior contido no seu passaporte atual ou vencido, ou uma cópia do mesmo, especialmente se você estiver renovando o visto por outro do mesmo tipo que ainda esteja válido ou que tenha expirado há menos de 12 meses;

IMPORTANTE: Se uma terceira pessoa irá custear a sua viagem, é importante trazer também documentos que comprovem os vínculos que esta pessoa ou organização têm fora dos EUA. Os mesmos tipos de documentos recomendados acima para solicitantes podem ser trazidos para os patrocinadores da viagem (entendem-se como patrocinadores os pais ou parentes que vão custear a viagem para os filhos, empresa que vai pagar um treinamento a um funcionários, etc).




Bom, separado esse "calhamaço" de documentos, é hora de falar sobre o grande dia. Então começarei pelo dia anterior. Preparem-se que a aventura foi louca!!! Rs!!!


PRÉ-ENTREVISTA

8 de dezembro - Minha casa - 20:00
Cheguei em casa (São Vicente) depois de um dia de trabalho. No dia seguinte tinha que estar na Rua Henry Dunant, em São Paulo, às oito da manhã para a entrevista do visto. Como não conheço São Paulo tão bem a ponto de ir dirigindo, a ideia era pegar uma van que me levasse até jabaquara, e de lá pegar o metrô e trem até o consulado. Segundo minhas contas, chegaria às sete da manhã na porta do consulado, uma hora antes do horário marcado, só para ficar sossegado. 

Já passava das oito da noite, quando liguei para uma das empresas que faz São Vicente/São Paulo (via Jabaquara), marcando um lugar na van das quatro e meia da manhã. Do outro lado da linha, o funcionário confirmou o pedido e disse para que eu aguardasse a van na porta de casa a partir das quatro e vinte.

Desliguei o telefone e fui preparar as coisas. Peguei uma maleta e coloquei todos os documentos separados: holerites dos ultimos 3 meses, extratos de todas as contas (incluindo os cartões Travel Money), a carta de aceitação da escola e do albergue que ficarei em Chicago, recibos, imposto de renda meu e dos meus pais, escritura da casa e documento do carro. Chequei-os pela última vez, coloquei-os dentro da maleta e fui descansar. No dia seguinte, deveria estar de pé às três da manhã.


9 de dezembro - Minha casa - 03:00
Conforme planejado, consegui acordar no horário e tomar o meu café, ficando pronto às quatro da manhã. Tinha dormido bem e, portanto, estava bem disposto pra encarar a maratona.

Para não ter qualquer tipo de problema, resolvi aguardar a van na porta da minha casa a partir das quatro da manhã. A cada cinco minutos, olhava ansioso para o relógio, esperando pela van. Quatro e dez, quatro e quinze, quatro e vinte, quatro e vinte e cinco, quatro e meia..... E A VAN NÃO APARECEU!

O desespero começou a pegar! Tentei ligar para a empresa, mas às quatro e meia da manhã, ninguém atendia (o que achei absurdo!). Nisso já eram quatro e quarenta da manhã. Procurei me acalmar e resolvi ligar pra um táxi para me levar à rodoviária (a van que se dane!). Pedi um táxi urgente e em cinco minutos ele chegou. Entrei no táxi. Abaixo, segue o diálogo entre eu e o taxista:
T: Bom dia!
E: Bora pra rodoviária, RÁPIDO!

No primeiro momento, o taxista se assustou um pouco. Deve ter me achado um louco. Mas não titubeou e pisou fundo e acelerou São Vicente afora. Durante o trajeto fui explicando pra ele o que tava acontecendo e percebi que ele entendeu o meu desespero, já que os pneus do carro cantou a cada curva. Em dez minutos cheguei à rodoviária.

Ao chegar na rodoviária, corri para o guichê e comprei a passagem  de ônibus rumo a Jabaquara. Como em São Vicente geralmente tem ônibus que passa em Santos, perguntei para a caixa se o ônibus que eu iria pegar ia direto. Ela disse que sim. Respirei mais aliviado. "Ainda dava tempo", pensei comigo. Aguardei o ônibus e, ao estacionar na rodoviária, entrei.

O ônibus saiu da rodoviária no horário certo: cinco e quinze da manhã. Mas assim que ele foi andando, comecei a ficar mais desesperado. Não que a moça da cia. de ônibus tivesse mentido, ele realmente iria direto para São Paulo. O problema é que o ônibus ele passava primeiro pelo centro de São Vicente, ia pela Antônio Emmerick, entrava no Guassu e chegava na Cidade Náutica, para aí sim pegar a imigrantes. Já não bastasse isso, toda hora ele parava para pegar mais passageiros nos pontos ou então policiais militares. Foi nessa hora que pensei: "Fudeu!".

A cada parada, eu ficava inquieto. O ônibus lotado de policial e eu xingando os que subiam. Estava vendo a hora que seria preso...

O ônibus finalmente chegou na imigrantes às seis da manhã. E, para a minha surpresa, sete da manhã já estava no terminal Jabaquara. Aquele tempo de sossego que eu estava planejando? JÁ ERA! Agora era correr pro consulado até às oito horas.

Em relação ao metrô e trem... olha, não sei se você acredita, e até eu não acredito muito nisso, mas pareceu que tudo conspirou ao meu favor. A cada transferência de linha que eu tinha que fazer, o trem estava lá na plataforma, de portas abertas, me esperando. Até o trem, cujo transporte eu acharia que teria mais problemas, foi tranquilo.

Desci na estação Morumbi às 07h55. com a minha pasta de documentos nas mãos, andei meio que correndo, chegando à fila do consulado bem a tempo.


ENTREVISTA

9 de dezembro - Consulado Americano - 8:00
Antes de começar a narrar o que houve dentro do consulado, é importante frisar: esteja preparado para encarar 8 FILAS!!! E se você não estiver ligado, é bem capaz de você se perder, pois embora o sistema seja organizado, é muita gente lá dentro. Então o lance é ficar de olho e prestar atenção.

Bom, como disse, cheguei na primeira fila, a externa, às oito da manhã. Aguardei chegar a minha vez. Atrás de mim, havia uma mulher argentina que estava com uma pasta de documentos em mãos e celular. Perguntei a ela qual o horário que ela tinha agendado e ela me respondeu que era às sete e meia. Foi então notei, ao olhar para a entrada, que os funcionários não estavam barrando e sequer perguntando o horário de entrevista! Ou seja: Saí de casa que nem um aloprado à toa.

Demorei quinze minutos para chegar na entrada (a fila já estava pequena; a maioria das pessoas já estavam lá dentro), onde tinha uma moça, que gritava constantemente para deixarmos os documentos em mãos e um segurança, para uma revista superficial (apenas checando o que tinha dentro das bolsas e malas). Entreguei os meus documentos para a moça, que depois de olhá-los, me devolveu, e mostrei a maleta ao segurança. Passei tranquilo. Porém, a argentina que estava depois de mim, não passou. Motivo: não podia entrar com o celular.

Dica: Não é permitido, sob nenhuma hipótese, entrar no consulado com equipamento eletrônico. Portanto, deixe em casa celular, smartphone, mp3, calculadora, notebook... senão, terá que deixar nos guarda-volumes nas lojinhas em frente ao consulado, que cobram cinco reais pra guardar. 

Pronto. Agora eu estava dentro do consulado. Logo quando você entra, já dá de cara com a segunda fila, que fica no pátio externo. Esta fila é para que os funcionários façam a organização dos documentos e costuma ser bem demorado, chegando a dar cinco voltas em zigue-zague. Ao longo da fila, um dos funcionários lhe entrega um papel verde, que identifica a quantidade de passportes que você possui (se estiver sozinho, receberá um; se estiver com a família, cada um receberá um) e pede para que você separe a confirmação do formulário, o recibo do Citibank, o passaporte e a foto. Nesta fila ainda é normal você ouvir as pessoas rindo, contando sobre o planejamento da viagem, emplogadas.

Depois de quarenta minutos, chegou a minha vez. A funcionária que me atendeu grampeou o recibo e a foto na folha de confirmação do formulário e, com uma máquina leitora portátil, fez a leitura do chip do meu passaporte. Após isso, pediu para que eu me dirigisse à terceira fila.

Esta fila é a mais rápida de todas: a fila da revista. As pessoas entravam uma por uma em uma sala que continha detector de metal (estilo os que têm nos aeroportos) e raio x. Embora fosse a mais rápida, ainda assim tive que aguardar dez minutos antes de ser convocado.

Ao entrar, passei tranquilo pelo detector e minha maleta com todos os documentos passou pela esteira do raio x. Como não possuía NADA além de papéis, passei tranquilamente e saí pelo outro lado da sala, tendo acesso ao pátio interno.

É neste momento que podemos considerar que vc realmente entrou no consulado americano. O local é grande, porém como disse anteriormente, cheio de gente.

Dica: ao entrar no pátio interno, siga as setas que existem no chão; elas te levarão à próxima fila. Se estiver com fome, você encontrará a lanchonete que fica dentro do consulado, enquanto segue as setas.

No final das setas, você estará na entrada do galpão que levará aos guichês de impressão digital e entrevista. No local, ainda que bem disputado, existem alguns bancos para se sentar.

Na esquerda da entrada do galpão, tem um direcionador de filas. Entre nele e você estará na quarta fila: a da senha para a impressão digital. Já vai separando os documentos que foram grampeados+passaporte (em um das pilastras que você vai passar estará avisando). Ao chegar no balcão, os funcionários reterão os documentos e lhe darão uma senha. Guarde este papel!

Antes de aguardar a sua vez de ser chamado para a impressão digital, você encarará a quinta fila: a retirada do envelope AR de correio, que é o meio por onde seu passaporte chegará. Pegue-o e, assim que tiver condições, preencha-o com o endereço para onde o AR deverá ser enviado.

Dica: leve uma caneta com você. Durante o processo, eles pedirão para que você preencha o envelope, mas não possuem caneta. Caso empreste a outro cidadão, fique de olho; é comum elas passarem de mão em mão e num piscar de olhos desaparecerem.

Depois do AR, uma pequena pausa para a fila, mas não para a espera. Este eu considerei o momento mais demorado do processo: a impressão digital. Neste momento não haverá filas, já que você estará com a senha em mãos. Basta ficar de olho no painel que fica acima dos guichês. Aliás, este painel é meio "diferente" dos que estamos acostumados a ver nos bancos: ele mostra as quatro próximas senhas que serão atendidas, onde a cada chamada, as senhas vão subindo na tela. Mas atenção: essas senhas não aparecem sequencialmente no telão. É preciso ficar esperto. Mas pode apostar que assim que receber a senha você pode ir até a cantina e saborear um dos lanches vendidos no estabelecimento, enquanto aguarda a sua vez. Inclusive, também há um telão de frente a cantina.


O meu caso, demorei praticamente uma hora para ser chamado (sim, tudo isso!). Assim que apareceu a minha senha na tela, me dirigi a uma pequena fila em frente aos guichês. Quando chegou a minha vez, avancei até o balcão onde, do outro lado do vidro, havia uma moça latina (arranhando o portunhol fortemente). Ela me deu bom dia e disse algo que não compreendi. Ela falou novamente e continuei sem entender. Demonstrando paciência, ela levantou os dedos da mão direita (com exceção do polegar) e apontou para uma máquina que estava do meu lado. Assim pude entender que era para eu apoiar minha mão no leitor biométrico. Ela pediu pra repetir com a mão esquerda, e logo após, apoiar os dois polegares ao mesmo tempo na máquina. Assim que o fiz, ela agradeceu e me apontou a penúltima e a mais temida fila: a entrevista.

Digamos que esta fila é a mais aguardada, e segundo a lei de Murphy, obrigatoriamente tem que ser a mais longa. Embora esta fila saísse da parte destinada a ela, para a minha surpresa, demorou bem menos do que a fila da impressão digital.

Na verdade, acho que nem notei o tempo passar porque você acaba se distraindo com o nervosismo e agitação dos outros solicitantes. As histórias de amigos de amigos que tiveram visto recusado brotavam de várias partes e, se você não estiver preparado psicologicamente, é capaz de ser afetado. Por isso, tome cuidado!

Durante o meu período na fila, busquei ver os perfis dos entrevistadores. Aliás, é bom frisar que a entrevista é feita em pé, através de um guichê, onde você fica entre o entrevistador e a fila, apenas com um pequeno espaço separando você da galera. Se achar conveniente falar algo que não queira expor a ninguém, há telefones do lado dos guichês para a comunicação (como se fosse nos moldes do presídio americano que vemos nos filmes e seriados). Voltando aos entrevistadores,  de todos que estavam lá, só consegui avaliar dois: uma moça, de cabelos curtos, que falava portugês com sotaque castelhano e era extremamente simpática, e um rapaz, parecendo novo em comparação aos outros, fazia as entrevistas de forma seca e suscinta. Claro, torci para ser atendido pela entrevistadora.

Bom, finalmente chegou a minha vez. Para o meu azar, o homem que estava antes de mim na fila se dirigiu à moça, enquanto tive que ir para o guichê do rapaz. Ele me deu bom dia e retribui. E então a entrevista começou. Abaixo descrevo-a:

Legenda: E= Eu; O = Oficial Consular.

O (depois de ler algumas informações no computador): Então senhor Paulo, o que o senhor faz?
E: Trabalho no metrô de Sâo Paulo.
O: Qual o cargo?
E: Atendente de Central de Informações.
O: Há quanto tempo trabalha lá?
E: Há um nao e três meses.
O: Quanto é o seu salário?
E: (respondi, incluindo os centavos. Ele começou a escrever algo no computador).
O: E o que pretende fazer nos Estados Unidos, senhor Paulo?
E: Turismo. (Resolvi ocultar o curso, já que algumas pessoas me indicaram para não falar, pois daria a entender que eu teria que tirar outro tipo de visto senão o de turista).
O: E para onde pretende ir?
E: Chicago.
O: (Ele parou por um momento e me olhou com um ar confuso. Acredito que poucos são os loucos que vão a Chicago a passeio). Err.... e quanto tempo pretende ficar por lá?
E: Quatro semanas.
O: (Desta vez ele nem fez questão de esconder a cara de desconfiado). O senhor só vai para os Estados Unidos a passeio, senhor Paulo?
E: (Nervoso o suficiente pra ficar vermelho) N-não... também tenho um curso de curta-duração que pretendo fazer?
O: (Cara de bravo) Curso de que?
E: Inglês geral.
O: Deixe-me ver a carta da escola, por favor.
E: (Tremendo de tanto nervoso, comecei a revirar a minha pasta contendo o calhamaço de documentos, e não achava a bendita carta. Depois de um minuto, achei.) Está aqui! (Entreguei)
O: (Leu a carta com atenção, escreveu mais alguma coisa no computador). Senhor Paulo, seu visto foi concedido. Pode se dirigir à fila do caixa para pagar os Correios.
E: Obrigado.

Dica (e acredito que esta seja a mais valiosa dica de todas): JAMAIS OCULTE OU MINTA ALGO PARA O OFICIAL CONSULAR! Lembre-se, ele só terá dois minutos para te julgar. Portanto, qualquer coisa que dê a entender que você está tentando enrolá-lo, pode acabar com a sua viagem. Quase perdi a minha por tentar omitir uma coisa que no fim nem iria dar problema. É importante ressaltar que, se concedido, o oficial consular retém o passaporte para que o consulado estampe o visto e mande via Correios para o endereço que você escreveu no envelope do AR.


Por fim, mais aliviado do que nunca, me dirigi à fila dos correios. Com o envelope de AR em mãos, entreguei à funcionária do guichê e ainda paguei a taxa de R$ 22,00.

Dica: Leve dinheiro. Eles não aceitam cartão e eu também não vi nenhum caixa eletrônico lá dentro. Portanto, esteja preparado.


A previsão da chegada do passaporte é de, no máximo, 10 dias úteis. O meu chegou na segunda-feira, dia 21/11 (lembrando que o consulado não funciona nos feriados brasileiros e americanos, e portanto estas datas não são contados). Quando receber o passaporte, confirme se o selo que virá será igual a este modelo:




É isso aí!!!! Agora é só fechar o que ainda falta da viagem!!!!

USA HERE WE GO!!!!

VISTO AMERICANO (SOLICITAÇÃO)

Fala pessoal!

Bom, depois de ter finalmente conseguir o passaporte, comecei a me preparar para o pior: o visto americano. Sim senhor, o temível, lendário, senão impossível...

OPA! MUITA CALMA NESSA HORA!

Antes de começar a se descabelar e procurar por depoimentos na internet (Muito cuidado com isso! Falarei mais adiante...), veja aqui o que você precisa saber e algumas experiências por quais passei. Para que o post não ficar extenso, vou dividí-lo em dois: A solicitação, que será explicada neste post, e a Entrevista, que será explicada em outro post.


O que é o visto americano?



O Visto é um selo emitido pelo consulado americano que indica que você passou pela entrevista consular. Ele ainda não garante que você entrará no país, mas já é 99% de chances de entrar (lembre-se que ao chegar no aeroporto de destino, passará pelo sistema de imigração, onde acontecerá uma nova entrevista e, dependendo do que você disser para o agente, pode ser barrado e extraditado. Mas só se você realmente for idiota o suficiente para dizer que tem bomba ou coisa do tipo).

Existem vários tipos de visto: para turista (tipo B2), negócios (tipo B1), estudos (tipo J-1), trabalho (tipo a ser definido de acordo com o tipo de trabalho), trânsito pelo país (tipo C-1), etc., e dependendo do visto, ele pode durar até 10 anos.


1º Passo: Agendamento

Se você tem a ideia de viajar, principalmente para os Estado Unidos, mas num curto espaço de tempo, mas ainda não tem o visto, cuidado: você precisará de tempo, muito tempo, e paciência também, para conseguir o visto americano.

Atualmente a fila de agendamento para a entrevista é de, no mínimo, 90 dias. Então, quanto mais cedo você se programar, é melhor.

Dica: Durante este tempo em que corri atrás do visto, escutei muitas pessoas falando sobre despachantes que fazem o trabalho pra você. Sinceramente: não há a mínima necessidade de contratar despachante. É super simples de preencher o requerimento e se seguir os passos destes posts, você passará numa boa pela experiência.

Primeiro você precisa entrar no site do visto americano.Este site mostra detalhadamente o que você precisa para solicitar o visto! Simples assim! Em todo caso, minunciarei também aqui.

Para começar, é necessário pagar uma taxa de R$ 38,00 para ter acesso a informações e agendamento da entrevista. Essa taxa você pode pagar ou no cartão de crédito/débito, ou no boleto, pago em qualquer agência (a geração do boleto, assim como o pagamento com os cartões tem que ser realizdo no site do consulado).

Após a efetuação do pagamento, deverá voltar ao site e entrar neste link. Informe os dados que são solicitados. Ao fazer isso, você precisará preencher um formulário eletrônico, e entre outras informações, pedirão qual o tipo de visto.

Dica: Se você estiver indo apenas a passeio, solicite o B-2. Se estiver planejando em fazer um intercâmbio, aí é preciso ter cuidado. Isso porque, na legislação americana, cursos que não superam a carga horária de 18 horas semanais dá o direito da pessoa tirar o visto de turista, mesmo estudando. Se as horas/aula for maior, o candidato obrigatoriamente terá que tirar o visto de estudante , o J-1. 

Se caso encontrar dificuldades, este site tem imagens que pode ajudá-lo no preenchimento dos dados.


Em seguida, virá a tela de seleção do agendamento para o dia da entrevista. Selecione o melhor dia e horário para você.

Dica: é bom saber neste momento que ao agendar é bom estar atento quanto ao prazo de entrega do passaporte com o visto, caso seja aprovado,  que é de 06 dias úteis. Sem contar que, no consulado americano, tanto feriados brasileiros quanto americanos eles não trabalham e, consequentemente, não são contados como dias úteis.




2º Passo: Formulário DS-160

Após a finalização do agendamento, agora sim vem a segunda coisa mais chata da solicitação do visto: o preenchimento do formulário DS-160. Este formulário é o que será usado pelo consulado para julgar as suas intenções de entrar no país. O preenchimento dele é eletrônico para que a embaixada faça a análise, porém é imprescindível também levá-lo na hora da entrevista.
Este é o site que você precisa entrar para preencher o DS-160. Logo na primeira página você deverá indicar em qual consulado você irá fazer a entrevista (Veja que em "Brazil" tem as opções Brasília, São Paulo, Recife e Rio de Janeiro). Logo em seguida confirme qual a lingua em que você quer para a ferramenta de sugestão, e clique em "Start Aplication".
Na segunda página, haverá algumas instruções de como você deve fazer o formulário e logo abaixo tem o ícone para que coloque a foto. Deixemos a foto por último. Vamos nos concentrar no formulário. Mais abaixo, clique em "Start a new aplication".

Esta página é fundamental, pois logo acima você encontra um número que será usado para o seu login no formulário (em tempo: o formulário tem 6 páginas. Portanto, não invente de querer preenchê-lo no mesmo dia!).

Perceba na figura ao lado que à direita da tela tem a série AA0021RG15. Este é o aplication ID. Anote-o e guarde-o. Abaixo tem um box onde você terá que selecionar uma pergunta e responder. Esta informação também é importante guardar.

Destaquei estes dois intens pois eles são fundamentais para que você retome o preenchimento quando não conseguir completá-lo. Sempre que puder, salve a página (tem um botão de "save" abaixo da tela). E para continuar, volte para a página principal e clique em "Retrieve Aplication".

Feito este procedimento, agora sim você será encaminhado à tela do formulário. Não tem muito mistério: dados pessoais, profissionais, escolares, as pretensões de onde e quando ficará no país e, a parte mais absurda de todo o formulário: as perguntas de "sim" ou "não".

Digo absurda pois essas perguntas são extremamente ridículas. Algumas delas questionam, por exemplo, se você está indo para os EUA para traficar pessoas, ou traficar drogas, ou se está levando armas. Até perguntam se você está indo com o intuito de se prostituir!!! Enfim, não vou me alongar pois não cabe a mim julgá-los. Se está lá é porque deve ter alguma utilidade...

Aliás, se você tiver dificuldades no inglês, ou não domine nada da língua, não se preocupe: ao colocar o ponteiro do mouse em cima da pergunta, aparecerá a tradução para a língua que você escolheu na primeira página da solicitação.

Dica: Ao preencher o DS-160, SEJA O MAIS VERDADEIRO POSSÍVEL!! Estas informações serão usadas como base para a sua entrevista e qualquer divergência no que você falar e no que está escrito pode acarretar em dor de cabeça para você. Quanto ao tempo, preenchi o meu formulário em 15 dias, já que não tinha pressa em finalizá-lo (agendei no dia 20 de maio e marquei a entrevista para o dia 9 de novembro, a fim de juntar mais dinheiro, caso o consul solicitasse - explicarei com detahes no próximo post).


A FOTO

A foto, assim como as informações já prestadas, merece atenção redobrada. Isso porque, conforme o site do consulado, ela tem algumas especificações que, se não obedecidas, pode ser recusada pelo sistema. Segue abaixo as especificações:

- O tamanho tem que ser 5x5 cm ou 5x7 cm;
- Fundo tem que ser TOTALMENTE branco;
- Deve ter sido tirada no máximo 6 meses da data da entrevista;
- O Enquadramento deve ser feito da altura dos ombros até a ponta da cabeça, sobrando um pouco de teto.
- Sem adereços e o pescoço tem que estar descoberto. Mulheres de cabelos longos devem amarrá-los e óculos só é permitido se as lentes forem anti-refletivas.
- Que sejam naturais, sem adulteração de tom e cor ou qualquer outro tipo de manipulação.



Essa foto você deverá tirar em um estabelecimento que atenda estes requisitos. Assim que tirá-la, deverá escanear.

Volte para a página inicial do DS-160. Clique em "Test Photo" e faça o Upload da foto.

Pronto. O formulário DS-160 está devidamente preenchido. Imprima-o. Mesmo sendo enviado eletronicamente ao cosulado, você precisará apresentá-lo na entrevista.


3º Passo: Taxa Citibank
Finalizado o DS-160, agora basta pagar a taxa de US$ 140,00 no Citibank, referente à confecção do visto. É preciso ir obrigatoriamente em qualquer agência do Citibank e no caixa, com o passaporte em mãos, solicitar o pagamento da taxa do visto americano. O valor a ser pago será em reais, calculado pela cotação do dia.

No fim do atendimento, a caixa lhe dará estes dois bilhetes da foto, contendo na autenticação o número do seu passaporte e seu nome completo. Ah, por mais que dê vontade, NÃO RASGUE O PICOTE! Estes documentos comprovam que você pagou a taxa e deverá ser recolhido no consulado no dia da entrevista.



PRONTO! AGORA VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA ENFRENTAR A PARTE MAIS TERRÍVEL DO VISTO: A ENTREVISTA!!! Não percam o próximo post!! (Como se isso fosse novela mexicana rs!! Hum.... bom, não deixa de ser rs!!!)



USA, HERE WE GO!!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

PASSAPORTE

Quando você planeja uma viagem para os EUA logo vem na sua mente os passeios, os lugares bonitos, as compras baratas, as fotos que você irá tirar... tudo muito lindo e maravilhoso... eis que dá um estalo na sua cabeça e você descobre que não tem visto, nem passporte. Então a cabeça começa a processar as seguintes palavras: "burocracia", "taxas", "filas", "incertezas"....

Calma! Calma! Não criemos pânico!

Realmente o maior dos problemas de uma viagem ao exterior (além do pagamento em si da viagem) está na documentação necessária para entrar no país visitado. É capaz que você perca bastante tempo e um pouco de dinheiro, dependendo de onde for. Mas se o desejo de viajar for maior do que tudo, é essencial encarar tudo com bom humor e visar o resultado, e não os meios.

Neste post, irei relatar como foi a retirada do meu passaporte, o primeiro passo da burocracia para quem quer ir viajar para os EUA.


O PASSAPORTE

Capa do novo passaporte
Antes de falar os procedimentos da retirada do passaporte, é bom falar um pouco sobre este documento. Atualmente, a Polícia Federal alterou algumas coisas no documento. A capa verde agora dá lugar a capa de cor azul, com o emblema da república em dourado. De novidade, também na capa, abaixo do emblema, encontra-se uma figura que simboliza um chip eletrônico, que contém todos os dados do portador, para que o serviço de imigração seja agilizado nos aeroportos que tenham equipamentos apropriados. A validade do documento é de cinco anos. Mesmo tendo vistos concedidos por mais tempo, é necessário entrar com um novo pedido de passaporte após este prazo.



Primeiro Passo: Agendamento
Assim como eu, você deve entrar no site da Polícia Federal www.dpf.gov.br >  Passaporte > Requerer Passaporte > Emissão do passaporte (link localizado no Item 2).

Preencha o formulário eletrônico por inteiro, inclusive o local de atendimento que você vai querer tirar o passaporte;

Logo após digitar o código de segurança e clicar em "enviar", uma tela surgirá com os botões:
- Gerar Protocolo (importante imprimir, caso venha a ter algum problema com o sistema);
- Gerar Boleto: esse é importantíssimo, pois trata-se da taxa GRU que precisa ser pago para a confecção do passaporte. Atualmente é cobrado R$ 156,00 e você pode pagar em qualquer banco.

Após isso, você deverá entrar novamente no site da Polícia Federal > Passaporte > Agendar Atendimento. Preencha os dados necessários e clique em "prosseguir". Aparecerá uma tela com os locais de atendimento disponíveis e os horários. Escolha o de sua preferência e imprima a confirmação. No meu caso, quando preenchi o formulário eletrônico, escolhi retirar o meu passaporte no posto localizado no Shopping Light, em São Paulo, que era o mais próximo do meu trabalho, às 11 horas. O maior problema foi a data do agendamento: levando em consideração que eu preenchi o formulário e o agendamento no dia 17 de março, só consegui atendimento para o dia 27 de abril. Portanto, se minha viagem estivesse programada um mês antes, estava lascado (até porque depois teria que tirar o visto americano também).


Segundo Passo: A entrevista

Após uma espera de mais de um mês, tempo entre o agendamento e a entrevistta em si, finalmente chegou o grande dia. Meu horário estava marcado para as 11h da manhã e não marquei bobeira. Cheguei no Shopping Light, subi as escadas rolantes até o 3º andar, até chegar ao posto da Polícia Federal.

Ao contrário do que eu imaginava (para a minha surpresa!) o sistema DA ENTREVISTA é bem organizado. A sala da entrevista é completamente fechada, com portas e vidros leitosos para que ninguém veja o que se passa lá dentro. Na porta, um cordão de fila estava montado, com um funcionário autorizando a entrada e outro organizando a fila do lado de fora. Do lado esquerdo dela tem uma outra sala, para a retirada do passaporte para aqueles que já fizeram a entrevista. Na parte externa do posto, tem alguns bancos para que você aguarde a hora de ser chamado.

Embora chamam esse processo de "entrevista", ainda será neste momento que deverá se preocupar. Na verdade, essa entrevista só consiste na checagem de documentos (tanto que não é perguntado pra onde vai, o que vai fazer... blá, blá, blá como costumeiramente é no consulado americano). Cheguei lá meia-hora antes para não ter confusão. Percebi que tinha uma fila formada na porta da sala e logo fui perguntar pro funcionário, que me respondeu que era a fila das 10h30. Aproveitei então o tempo para dar uma volta pelo shopping, retornando ao posto 10h55.

Quando voltei, o homem já estava  chamando para a fila quem tinha agendado a entrevista para as 11h. Fui o quinto da fila (até porque neste dia não tinha muita gente, o que é raro, já que geralmente é lotado de gente). O organizador da fila checou os documentos que eu trouxe e pediu para aguardar. Dez minutos depois, estava dentro da sala.

Ao entrar, o rapaz da porta pediu para que eu aguardasse sentado num banco (de praça) em que a fila continuava. Essa fila é a mais demorada, porque é ela que encaminha as pessoas pra entrevista. Mas também não é muito. Vinte minutos depois, fui chamado.

Uma senhora, até que simpática (para os padrões de funcionalismo público federal que conhecemos) estava sentada atrás de uma mesa com computador e pediu para que eu sentasse. Pediu os documentos obrigatórios (RG, Título de Eleitor, Comprovante de Quitação Eleitoral da última eleição, Comprovante de Pagamento do GRU - taxa para a aquisição do passaporte, e Passaporte Anterior - se houver). Entreguei-a e ela começou a digitar todos os dados dos documentos no computador.

Após a digitação, ela pediu para que eu colocasse meus dedos numa máquina que escaneia as impressões digitais. Logo em seguida, pediu para que eu me afastasse da mesa, ficando de costas para uma tela branca. Ela posicionou uma câmera digital na minha frente e tirou uma foto. Sim, a foto para o passaporte é tirado lá, na hora, sem precisar levar nenhuma! No fim, ela me entregou um papel, contendo a data prevista para a retirada do passaporte, que seria de exatamente uma semana.


Terceiro Passo: A retirada
Conforme estava escrito no papel que recebi no fim da entrevista, lá estava eu no dia 5 de maio no Shopping Light novamente para, finalmente, a retirada do passaporte.

O atendimento ao público começava às 10h da manhã, por isso, por precaução, Cheguei meia-hora antes (o que foi a minha sorte). Do lado de fora da sala do lado da entrevista já havia quatro pessoas na fila. Fiquei aguardando. Dez minutosa depois de chegar, ao olhar pra trás, já podia ver a fila dar quatro voltas em zigue-zague. Pensei comigo: "Que sorte, vou conseguir pegar rapido o meu passaporte e ir embora".

Às 10h em ponto, os funcionários da Polícia Federal começaram os trabalhos. Abriram o posto para retirada do documento e a primeira pessoa na fila entrou. Fiquei no aguardo. Cinco, dez, quinze minutos, e nada da segunda pessoa ser atendida. Entre um falatório e outro, um funcionário gritou (isso mesmo, GRITOU!) que o sistema dos computadores de Brasília tinha caído e com isso afetou o restante do sistema. Bom, nem preciso dizer como era a cara de puto da vida que fiquei... 
Depois de tantas reclamações e esperar em pé (já que esta parte da fila não tem banco de descanso), às 10h40 o bendito sistema finalmente voltou. Minha mente positiva clamou: "Finalmente vou ser atendido!", mas juro que ouvi uma voz dizendo "calma meu rapaz..."

Essa voz era de Mr. Murphy e a sua lei que nunca falha. A espera estava longa e meus pés já apresentavam cansaço, mas como já não bastasse a queda do sistema, o único guichê em funcionamento da polícia naquele momento simplesmente começou a atender idosos e pessoas com crianças, sejam no colo ou carrinho. E acredite, não eram poucos.

Não que eu ache que eles não tem que ter prioridade no atendimento. Assim como eu já estava cansado, acredito que alguns que tinha chego momentos depois de mim também estavam. Mas o maior desrespeito foi da Polícia Federal que, mesmo sabendo que só tinha um guichê de atendimento, resolveu atender só os prioritários, deixando aqueles que estavam lá desde às 9h30 da manhã, esperando até sabe-lá-Deus-quando.

Depois de esperar longos 15 minutos, entrei na tal sala de retirada. Neste momento, o outro guichê começou a atender também. A mulher olhou pra mim e deve ter notado a minha cara de revolta, pois só perguntou o meu nome e pediu o documento de identificação. Dei-a e ela registrou a retirada. Pediu para que eu conferisse se todos os dados estavam certos, o que pude confirmar. Logo em seguida assinei o livro de protocolo e sai de lá.


Moral da história: Saí finalmente com o documento, cumprindo a mais uma etapa do planejamento da viagem. Assim como qualquer documento que se queira retirar, o processo é extremamente burocrático, embora confesso que em relação da última vez em que eu fui tirar o passaporte (em 2006, ainda o modelo antigo, o verde), está mais eficiente. Esteja preparado para pegar filas, dependendo de onde for tirar. Mas nada de bicho-papão ou coisa do gênero. Acho que isso é fichinha perto do pior está por vir (leia-se ISTO AMERICANO).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

O DESTINO: CHICAGO (PARTE 1/3)

Oi pessoal!

Bom, assim como escrevi no último post, tomei a decisão de ficar 28 dias em Chicago, tanto para passear quanto para, já que estarei nos EUA, estudar inglês. Retomando os textos aqui no blog, hoje irei falar sobre o destino escolhido, baseado nas pesquisas que fiz na internet e alguns livros.
 
Vista noturna de Chicago, a partir do lago Michigan.
Mais conhecida como Windy City (Cidade dos Ventos), devido aos fortes ventos glaciais vindo do Ártico, a cidade fica no estado de Illinois, no meio-oeste do território americano. Banhado pelo lago Michigan, a cidade possui uma rica variedade cultural e esportiva, com o sucesso dos blues e as vitórias no basquete dos Bulls. Com uma área de um pouco mais que 600 Km² e com mais de 2,5 de habitantes, Chicago é a terceira maior cidade americana, atrás apenas de Nova York e Los Angeles. A temperatura média chega a -5ºC no inverno e 23ºC no verão.  


15 motivos para visitar Chicago

Chicago possui uma variedade de cultura, esporte e histórias, muitas histórias para contar, como as do gângster americano Al Capone e do arquiteto Frank Lloyd Wright. As opções de passeio são inúmeras e, por este motivo optei em falar abaixo de algumas que pretendo visitar quando for viajar por lá:


Adler Planetarium, do lado externo.
1) Adler Planetarium é o primeiro planetário das Américas. Reconhecido como líder na educação científica, o planetário é a casa das coleções antiquárias astronômicas mais importantes do mundo. Além de peças e instrumentos, o local abriga três teatros relacionados à astronomia, sendo que um deles em 3D.





Leão que guarda a entrada do Art of Institute
2) Art Institute Of Chicago é um renomado museu que guarda a terceira maior coleção permanente de arte dos EUA (são mais de 260 mil trabalhos artísticos e artefatos). Dentro desta coleção, existe pinturas do impressionismo e pós-impressionismo, esculturas europeias do início do século XX, arte contemporânea, impressos japoneses, além de fotografias. O leão que guarda a entrada do instituto é parada obrigatória para turistas que desejam tirar fotos.




Recife do Caribe, dentro do Shedd Aquarium
3) John G. Shedd Aquarium é uma instituição sem fins lucrativos que visa a educação ambiental e conservação para o público. Entre os maiores aquários do mundo, o Shedd possui mais de 32 mil animais representando 1,5 mil espécies de peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos. Destaque vai para o Oceanarium, um pavilhão voltado a visitação nos aquários de  animais como a baleia-branca, golfinhos, leões-marinhos e pinguins.
Site: http://www.sheddaquarium.org/



Sue, o Tiranossauro do Field Museum
4) No Field Museum of Natural History a pré-história ganha vida novamente. Conheça Sue, o esqueleto de dinossauro mais completo do mundo, ou então o Envolving Planet, um andar voltada somente para seres marinhos pré-históricos. Há espaço também para a Era do Gelo, além da experiência de sentir o cheiro da floresta que cobria Chicago há milhares de anos atrás. Além de animais, o museu também mostra a vida pré-histórica humana e os ancestrais americanos.
Site: http://www.fieldmuseum.org


Urso Polar do Lincoln Park Zoo
5) Lincoln Park Zoo traz a vida selvagem à cidade. Situado no parque de mesmo nome, reúne diversos animais selvagens, como leões, tigres, elefantes, girafas e zebras. No total, são 80 espécies de mamíferos e mais de 75 de pássaros. O Parque é um dos mais antigos dos EUA e nele passam 3 milhões de visitantes por ano. O destaque do parque é o Urso Polar, a ala dos primatas africanos e dos animais australianos. 
Site: http://www.lpzoo.org


Espero que tenham curtido estes primeiros 5 motivos para se visitar Chicago!!! Para não ficar um post muito extenso, procurei em fazer em três partes. Então nos próximos posts darei continuidade nas principais atrações da Windy City.

USA HERE WE GO!!!

O DESTINO: CHICAGO (PARTE 2/3)

Fala pessoal!!!


Conforme escrevi no último post, darei continuação nas atrações que Chicago oferece aos turistas que a visitam. Hoje colocarei mais 5 destinos. Vamos lá!!!


6) Willis Tower (antigo Sears Tower)
Video de apresentação do Skydeck Chicago - Willis Tower

O Willis Tower (até 2009 chamado de Sears Tower) é o prédio mais alto do hemisfério ocidental, com 442 metros de altura (527m se contar com a antena no topo do prédio). O edifício tem 108 andares, sendo considerado de 1973 a 1998 o prédio mais alto do mundo. Além do espaço cultural localizado dentro do Willis Tower, também pode-se visitar o 103º andar, onde fica a grande atração do local: The Ledge, plataformas de vidros suspensos do lado de fora do edifício, permite aos visitantes uma vista de no máximo 80 km (além dos arredores de Chicago, é possível ver os estados de Indiana e Wiscosin).   





Turistas curtindo o verão no Navy Pier
7) Navy Pier é um píer de um quilômetro de extensão situado às margens do lago Michigan. Construído em 1916, a principio serviria para embarque e desembarque de cargas. Além de restaurantes, museus e lojas, o Navy Pier oferece outras atrações, como passeios de navio pelo lago Michigan e o rio Chicago, diversão na roda gigante e um cinema IMax. No verão, às quartas e sábados, e no outono, aos sábados, acontecem durante a noite exibição de fogos de artifícios.
Site: http://www.navypier.com




Vista geral do Millenium Park
8) O Millenium Park é uma das principais atrações de Chicago, que contém um amplo espaço de quase 100 mil m² e possui inúmeros locais culturais e sociais para os mais variados tipos de atividades ao ar livre. Entre eles, podemos citar o Pavilhão Jay Pritzker, Cloud Gate, Fonte Crown, Jardim Lurie, entre outros. No inverno é montado um ice rink (pista de patinação) bem frequentado pelos Chicagoans (nome que se dá aos moradores de Chicago).





Canteiros de Flores da Magnificent Mile
9) Magnificent Miles, ou a "Milha Magnífica" é uma extensão da avenida Michigan que compreende o trecho mais chique de Chicago, com as lojas mais importantes do mundo situadas lá. São 290 mil m² de , restaurantes, hotéis, conjuntos residenciais e comerciais e lojas, muitas lojas. Dentre as principais, estão a Blommingdale's, Bulgari, Chanel, Ralph Lauren, Apple, Disney, Lego.... é loja que não acaba mais!




Lobby do Harold Washington Library
10) Harold Washington Public Library é um dos principais recursos educacionais e culturais da cidade. Em 756 mil m², o centro da biblioteca é o maior edifício municipal do mundo. O acervo é constituído por cerca de 6,5 milhões de livros, 14 mil periódicos, 90 mil títulos audiovisuais, e 3 milhões de microfichas. Uma coleção especial de livros e materiais em 90 línguas estrangeiras é mantida, além de ter uma coleção de material da Coleção Theater Chicago, a Guerra Civil Collection, e Arquivos do Chicago Blues. Em exibição todo o edifício é uma extensa coleção de arte pública.
Site: www.chipublib.org/

O DESTINO: CHICAGO (PARTE 3/3)

Muito bem, vamos para o último post contendo as principais atrações de Chicago!!!


O famoso letreiro de Wrigley Field
11) "Wringley Field - A Casa do Chicago Cubs". Essa expressão é encontrada no famoso letreiro em vermelho situado na entrada deste importante estádio de baseball. É o segundo mais antigo dos EUA, construído em 1914 (mais novo apenas que o Fenway Park, estádio do Boston Red Sox). O Wrigley Field tem esse nome desde 1926 graças a William Jr, magnata e que foi um dos donos da franquia.


Soldier Field, em dia de jogo dos BEARS.
12) Soldier Field é o estádio pertencente ao time de futebol americano Chicago Bears. Construído em 1922, recebeu este nome em homenagem aos soldados americanos. Até 2005 também foi palco para os jogos do Chicago Fire (time de futebol) e ajudou os EUA a organizar a Copa do Mundo de 1994, recebendo jogos da Alemanha e Espanha. Além da Copa, também sediou jogos do pan-americano de 1959, quando Chicado foi escolhida.





Jogo dos Bulls no United Center.
13) United Center é a maior arena esportiva dos EUA e casa de dois importantes times de Chicago: os Blackhawks (time de hockey) e dos Bulls (time de basquete). Construída em 1994, graças a parceria dos dois time, hoje além de abrigar eventos esportivos, o UC também serve para receber espetáculos musicais, como The Rolling Stones, U2, Paul McCartney, Eric Clapton, etc, somando uma incrível média de 200 espetáculos por ano. Desde a sua abertura, mais de 200 milhões de pessoas já passaram pelo United Center. 
Site: http://www.unitedcenter.com




Fachada do Chicago Theatre
14) O Chicago Theatre é o principal palco da cidade, contendo cerca de 3,6 mil assentos e um dos mais belos teatros do mundo. Construído em 1921, custou US$ 4 milhões e possui na sua arquitetura traços do estilo barroco francês. A parte externa do teatro foi inspirada no monumento Arco do Triunfo, de Paris. O momento mais dificil do teatro ocorreu em 1985 que, devido à uma crise social e econômica, foi fechado.  Porém, um ano depois, foi adquirido por novos investidores que restauraram e modernizaram o Chicago Theatre. Em setembro do mesmo ano, o local foi reaberto com um show que estava a sua altura: Frank Sinatra.





B.B. King, um dos mais emblemáticos bluesman
15) Falar de Chicago e não falar de Blues é como calar os milhares de artistas que surgiram na cidade. A cidade, que após a Guerra Civil americana recebeu milhares de migrantes oriundos do sul do país, se tornou a capital do Blues. Artistas como Muddy Waters, B.B. King, Willie Dixon pertencem às raízes do blues de chicago. Na cidade, inclusive, o que não faltam são bares e restaurantes com apresentações de bluesman.


Chegamos ao fim desta série de posts que fala sobre as atrações de Chicago. Claro que estas são algumas sugestões, e sempre bom lembrar que as numerações não significa o grau de importância delas, mas quem vai a Chicago não pode sair de lá sem antes visitar estes lugares. Adiantando, no próximo post falarei sobre a parte mais chata da pré-viagem: a burocracia (passaporte, visto, pagar, pagar e pagar...).

USA HERE WE GO!!!